Quinta Temporada

Capítulo 20

Kiki: Nossa, mas o que era tão urgente assim?
Renato Augusto: Senta aí.
Kiki: Não seja grosso com mamãe, Renato Augusto!
Renato Augusto: E você não seja hipócrita comigo, Kiki.
Kiki: Ok. Então fale logo porque eu tenho mais o que fazer.
Renato Augusto: Acredite, eu também tenho mais o que fazer e quero sair logo daqui.
Kiki: Tá, então não enrola.
Renato Augusto: Bom, o negócio é o seguinte: você quase acabou com a minha vida e a dos meus amigos.
Kiki: Ai, que dramático!
Renato Augusto: Cala a boca. Eu falo e você escuta. Mas, ainda bem que eu pude ter ao meu lado gente descente, que ao invés de me chutarem pro fundo do poço, quando eu mas precisei, me deram a mão e hoje eu tenho orgulho da pessoa que me tornei.
Kiki: Tá. Olha, dá pra fazer uma versão resumida? Porque se não eu vou esperar sair a versão filme desse livro.
Renato Augusto: Ok, mais resumido, impossível: assine aqui.
Kiki: O que é isso?
Renato Augusto: É a sua concordância com a venda do Moda Sem Nota.
Kiki: NUNCA!

Renato Augusto: Vou te dar duas opções: ou você assina esse papel e eu mesmo cuidarei de entregar a sua parte pessoalmente, ou você vai pra cadeia.
Kiki: Eu não tenho medo de você!
Renato Augusto: Pois deveria ter. Acredite: eles têm provas suficientes pra te mandar pra cadeia pra sempre. E eu estou te dando a oportunidade de SUMIR da vida de todos nós, com uma grande quantia em dinheiro.
Kiki: Ué, e você não me quer na cadeia também?
Renato Augusto: Você na cadeia além de ser uma vergonha para a minha família, ainda será uma lembrança constante do pior período da minha vida. Eu prefiro que você, se ainda tiver um pingo de honra, me dê a sua palavra que, assim que receber esse dinheiro, vai SUMIR, e a partir desse momento, você estará MORTA para mim. Quando minhas filhas perguntarem de você, eu direi que você MORREU.
Kiki: Nossa, Renato Augusto, eu fui tão ruim assim pra você?
Renato Augusto: Mais do que você imagina!
Kiki: Pois saiba que você é um grande ingrato! Eu nunca deixei faltar nada pra você! Você sempre teve do bom e do melhor! As melhores roupas, os melhores colégios, as melhores viagens...
Renato Augusto: Mas de que vale tudo isso se eu nunca tive uma MÃE pra me criar? Eu fui criado pelas empregadas e pelo meu pai, até você e o Bento matarem ele! Você nunca me deu amor, nem carinho, nem respeito, pois sempre jogou na minha cara o estorvo que eu era na sua vida. Pois, assim que você receber a sua parte, eu quero que você se esqueça da nossa existência.

Renato Augusto vira as costas e vai embora, batendo a porta.

Kiki: Sabe que não é de tudo uma má idéia? Eu posso fugir antes mesmo de dar qualquer centavo para aquele imprestável do Bento, e ainda com uma bolada maior. Vou assinar os papéis sim e sumir.

Magnólia: Bom, então é isso?
Oswaldo: É.
Magnólia: Nossa, que triste ver tudo vazio.
Oswaldo: Parece que está faltando uma parte de mim.

Magnólia: Mais uma etapa se acaba, Oswaldo.
Oswaldo: Parece que foi ontem que a gente chegou nessa cidade, assustados por estarmos em um lugar tão diferente, longe dos nossos pais.
Magnólia: A gente fez tudo certo, né? Quer dizer, fizemos o nosso melhor, né?
Oswaldo: Com certeza! Fica tranqüila, Mag. Nós fizemos tudo o que podíamos fazer. Não temos culpa da Kiki ter nos prejudicado. Agora temos a oportunidade de recomeçar.

Renato Augusto: Ah, mas eu sabia!
Oswaldo: Sabia o que?
Renato Augusto: Que vocês dois estavam juntos novamente!
Oswaldo: R.A., eu e a Mag sempre estaremos juntos, mas como amigos.
Magnólia: Estamos aqui nos despedindo de tudo que construímos ao longo desses anos.
Renato Augusto: Tá...
Oswaldo: Não precisa ficar com ciúmes, não, eu também te dou um abraço!
Renato Augusto: Hey, sai pra lá!
Magnólia (rindo): Pega ele, Oswaldo!

Os três começam a correr pelo Moda Sem Nota, como se voltassem à época em que se conheceram, quando não tinham preocupações e o futuro parecia algo muito distante.

Renato Augusto: Ela assinou o papel.
Magnólia: Na boa?
Renato Augusto: É, na boa. Só quero que ela suma. Olha, vou deixar vocês aí, com as suas lembranças, porque eu preciso ir pegar a Abi, pra ir comprar umas roupinhas pra Victória.
Oswaldo: Tudo bem, pode deixar. Já tenho a conta de todo mundo, vou depositar o dinheiro assim que receber.
Renato Augusto: Menos o da Kiki. Eu quero entregar pessoalmente.

Oswaldo: Poxa, me deu uma dor na consciência agora.
Magnólia: Ele nem imagina, né?
Oswaldo: Não sei. Pode ser que sim. Devo falar com ele?
Magnólia: Acho que sim. Afinal de contas, Oswaldo, é a mãe dele, né? Ele tem família, imagina como que fica pras filhas saberem que a avó está presa.
Oswaldo: É verdade. Quando eu for entregar pra ele a parte da Kiki, contarei tudo pra ele, então.

Eric: As malas estão prontas?
Michael: Não consigo, Eric, desculpe!
Eric: Meu, você não pode abandonar a banda assim! Desse jeito vamos perder o contrato! O Peck vai nos encontrar lá. Como que a gente fica sem você?
Michael: Eu não vou sem a Mag, Eric, você não entende isso?
Eric: Michael, se ela não quer se casar, o que você pode fazer? Eu sou seu irmão! Já vi tantas namoradas entrarem e saírem da sua vida! Amores vêm e vão, mas irmãos são para sempre. Você não pode dar pra trás agora!
Michael: Mas ela é diferente, Eric. Eu não posso ir sem ela, não posso!

Michael sai correndo, encontrar Magnólia no Moda Sem Nota.

Michael: MAG!
Magnólia (chorando): Esse é um dos dias mais tristes da minha vida, Michael!
Michael: Mag, vem comigo, vem! Vamos pra longe disso tudo, por favor!
Magnólia: Ainda não posso, Michael.
Michael: Mag, meu avião sai daqui algumas horas, pelo amor de Deus, vem comigo! Eu não vivo sem você, não vou conseguir seguir a minha carreira se você não estiver do meu lado!
Magnólia: Eu já te falei que agora não dá pra eu ir, mas eu vou encontrar com você na hora certa.
Michael: A hora certa é agora, Mag!
Magnólia: Não, não dá!
Michael: Olha, aqui ta a passagem. Eu vou ficar te esperando, Mag. Se você me amar, você vai pegar esse avião comigo!

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