Quinta Temporada

Capítulo 9

Kiki: Ora, ora, ora... Então é você mesmo, senhor Bento!
Bento: Gostou da surpresa?
Kiki: Nossa, adorei, vou soltar fogos em sua homenagem. Agora entrega a minha neta antes que eu chame a polícia!
Bento: Ah, e você acha que eu ia ser idiota de te entregar a menina tão fácil? Calma, querida, as coisas não são tão simples assim.
Kiki: Há quanto tempo você está planejando isso, heim seu crápula?

Bento: Ah, você não sabe da Missa a metade!
Kiki: Jura? Então me conte.
Bento: Não foi por acaso que eu te conheci, sua perua vagabunda.
Kiki: Não? Ah, Já sei, você é um golpistazinho barato, que veio atrás do meu dinheiro, né?
Bento (rindo): Longe disso! Eu fazia parte de uma investigação sobre você.

Kiki: Investigação?
Bento: Sim. Eu era um policial disfarçado. Seu marido me contratou. Ele sabia a víbora que você era.
Kiki: Huuuum, aquele songo mongo... Mas, se você era um policial, por que me ajudou a matar quem te contratou?
Bento: Simples: dinheiro. Pra que eu ia aceitar as míseras migalhas que ele me ofereceu para te investigar, se eu poderia lucrar muito mais com a morte dele?

Kiki: Uau, você é mesmo muito inteligente. E a sua pseudo morte?
Bento: Bom, quando eu percebi que você ia me denunciar, para que eu não perdesse o meu distintivo, eu resolvi abortar o plano. Combinar a minha morte com a polícia foi fácil.
Kiki: Olha só! Então você estava vivo esse tempo todo?
Bento: Claro!
Kiki: E deveria estar desesperado ao saber não poderia fazer nada, vendo a Cleusa gastar todo o dim dim, e você só chupando o dedo, não é mesmo?

Kiki ri sarcasticamente.

Bento: Não ria antes do final, Kiki.
Kiki(irônica): Ah, não terminou ainda?
Bento: Não, não terminou. Quando eu fui tentar sacar a minha parte do dinheiro, a polícia me interceptou.
Kiki: Oops! Busted!
Bento: Eles fizeram uma sindicância e eu fui expulso da polícia.
Kiki: Aaaaaaaaaah, agora eu estou entendendo. Você voltou porque quer vingança, é isso?

Bento: Mais do que vingança! Eu quero TODO o dinheiro, entendeu? TODO! A sua ,a minha, a parte da Cleusa: TUDOOOOOO!
Kiki (rindo): E quem disse que eu vou te dar TUUUUUUUUUUDOOOOOOOO?
Bento: Ou você me entrega tudo, ou a pobre Amandinha morrerá de uma forma bem lenta e dolorosa.

Médico: A senhora Abigail está bem, se recuperando. É uma menina. Ela é muito prematura, precisará ficar na incubadora por algum tempo.
Renato Augusto: Ela pode morrer?
Médico: Infelizmente sim, senhor Renato Augusto. Veja bem, ele é muito pequeno, frágil, com poucas defesas no corpo. As chances dela sobreviver são muito pequenas, mas não inexistentes. Se ela reagir bem aos remédios, e não pegar nenhuma infecção, ela poderá sobreviver.

Magnólia: R.A., existe uma chance!
Renato Augusto: Não consigo pensar em nada, Mag! Me sinto tão perdido!
Sr. Astrolábio: Venha, Renato Augusto, vamos sentar um pouco...
Renato Augusto: Eu quero ver minha filha!
Médico: O senhor pode ver pelo vidro da UTI neo natal.

Renato Augusto: Meu Deus, é tão pequenina!
Oswaldo: É mesmo! Mas parece ser muito lutadora.
Magnólia: Ela vai resistir, tenho certeza, R.A.!

Mauro: Ela está em boas mãos, simpatia, não se preocupe! Ela tem um anjo muito lindo cuidando dela.

Kiki: Huuuum... Eu tenho uma proposta pra te fazer.
Bento: Me dá um bom motivo pra eu aceitar uma proposta sua.
Kiki: O dobro, ou nada.
Bento: Dobro?
Kiki: Sim...

Kiki: A parte da herança da Cleusa eu ainda não consegui sacar. Sabe, estou em uma operação formiguinha, para deixar menos rastros. Se você me ajudar a sacar, mais rápido a gente manda tudo pra um paraíso fiscal e mais cedo poderemos desaparecer.
Bento: A idéia é tentadora, mas eu não confio em você.
Kiki: E nem eu confio em você.
Bento: Como podemos resolver isso?
Kiki: Não podemos! Um está na mão do outro. Se eu não fizer o que você quer, você mata minha neta. Se você não fizer o que eu quero, eu te entrego pra polícia, e colocarei a culpa de todos os meus crimes em você.
Bento: Ok, é um começo.

Kiki: Então entregue a minha neta, para que eu possa voltar com ela, me passar por vitoriosa para aqueles panacas. Assim eu recuperarei a confiança deles para poder continuar meus saques, sem levantar suspeitas.

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