O Diário de Any Livic

Capítulo 35

Meu Deus, eu não acredito!
Isso só pode ser um pesadelo. Eu quero, eu preciso acordar!

Melody: Any!
Any Livic: Melody! Onde foi que eu errei?

Melody: Any, você não é responsável pela morte do meu pai!
Any Livic: Melody, eu deveria ter feito alguma coisa!
Melody: Any, não havia nada que você pudesse ter feito para evitar a morte dele. Não havia cura e ele sabia disso.
Any Livic: Mas afinal, o que ele tinha?
Melody: Eu não sei, Any. Apenas o médico dele sabe. Ele nunca quis contar para nós. A única coisa que eu sei é que antes dele se casar com a minha mãe, ele já fazia tratamento.

Any Livic: Melody, não é possível! Vocês têm tanto dinheiro!
Melody: Any, nem todo o dinheiro do mundo pode com o destino e com a morte. Meu pai fez o que pôde para prolongar ao máximo a vida dele. E vivendo bem. Ele conseguiu isso.
Any Livic: Eu não me conformo, Melody, eu não me conformo!

Melody: Any, eu preciso te contar uma coisa. Nunca fui a favor de vocês dois ficarem juntos, você sabe disso. Mas eu preciso reconhecer que nunca vi meu pai tão feliz como quando ele estava com você. Sabe, todas as noites, quando eu estava na França, ele me ligava e me contava como estava feliz. Eu percebia a alegria na voz dele. Ele me contava tudo o que vocês haviam feito no dia, o quanto você era carinhosa e cuidava dele. Eu ficava com muita raiva. Primeiro porque não gostava de vocês estarem juntos. Segundo porque eu achava que era EU que tinha que cuidar do meu pai, e você estava roubando isso de mim. Mas quando eu ouvia a voz dele, Any! Eu entendi que era aquilo que ele queria e respeitei a vontade dele, mesmo que isso me fizesse sofrer.

Melody: Eu tive muita, mas muita raiva mesmo de você. Mas agora não tenho mais. Eu vi como você o tratava, como você cuidava dele, a forma com que você olhava para ele e ele te olhava, me fez ver que, depois de tudo que meu pai passou, ele merecia ser feliz. Então eu queria te agradecer por ter dado essa felicidade ao meu pai, que ele tanto buscou a vida toda, e que demorou a chegar, mas ainda bem que chegou.

Any Livic: Melody, eu...
Melody: Any, eu precisava te falar isso, sabe? Precisava que você soubesse a verdade do que eu sinto, para que você decida o que fazer daqui pra frente.
Any Livic: Melody, estou me sentindo perdida! Como se o chão tivesse sido tirado de mim.
Melody: Também estou me sentindo assim. Sei que não tenho o direito de te pedir, mas preciso muito da sua ajuda para seguir em frente. Por mais que meu pai tenha me dado a melhor educação, as melhores roupas, as melhores viagens e experiências de vida, seria impossível estar preparada para este momento, muito menos passar por ele sozinha.
Any Livic: Eu só te ajudo se você me ajudar também. Sério, Melody, não sei nem por onde começar.
Melody: Vamos pra casa? Estou cansada.

Lilly-Bo: Dona Any, a senhora quer que eu faça alguma coisa pra vocês comerem?
Any Livic: Não, Lilly, obrigada. Na verdade, pode tirar o dia de folga.
Lilly-Bo: Ai, dona Any, a senhora tem certeza? Eu não queria deixar vocês sozinhos nessa hora. Eu posso ficar!
Any Livic: Lilly, nem sei o que te falar... Se você quiser ficar, pode ficar.
Melody: Any, eu acho que a gente deveria ver se meu pai deixou alguma coisa, alguma instrução, no computador.

Any Livic: Melody, não sei se tenho coragem nem forças para fazer isso.
Melody: Mas precisa, Any! Arranja de algum lugar, porque a gente precisa saber o que fazer a partir de agora.

E realmente Matthew havia deixado tudo explicado e encaminhado.
A casa e outras propriedades que Matthew tinha ao redor do mundo, e uma grande poupança ele deixou para a Melody.
Todos já sabiam que metade da Prisma Filmes ficaria com a Melody e a outra parte comigo.

O que ninguém sabia é que Matthew havia deixado para mim várias propriedades em Bridge Port, aquela casa que usamos no Egito durante a gravação do filme, e ainda casas na China e na França. Além disso, também me deixou uma conta com muito, mas muito dinheiro. Eu havia me tornado uma mulher rica!

Melody: Adivinha se não é a dona Matilda no telefone? Com certeza não é para dar os pêsames.

Melody: Não precisa gritar, mãe. É claro que eu vou encontrar com você na Prisma Filmes. E nem adianta chiar, que a Any vai comigo.

Any Livic: Melhor não, heim?
Melody: Não adianta ficar adiando, Any. Mais cedo ou mais tarde esse confronto terá que acontecer. É melhor agora.
Any Livic: Mas a gente acabou de chegar do enterro!
Melody: Mas isso não interessa para ela. Vamos resolver isso de uma vez.

Matilda: Ai, eu não acredito que você trouxe mesmo essa piranha junto com você!
Any Livic: Olha lá como fala comigo, Matilda!
Matilda: Escuta aqui, piranha, isso aqui é assunto de família, ta me entendendo?

Melody: Chega, Matilda, só eu falo agora! Acabei de enterrar o meu pai e você sequer teve a decência de respeitar esse momento! Você é minha mãe e eu não quero brigar com você, mas não vou admitir que você trate a Any assim!
Matilda: Eu só quero o que é meu!
Any Livic: Aqui não tem nada que seja seu, Matilda!
Matilda: Cala a boca, vadia!
Melody: Sem mais gritos! Você quer a empresa, mãe?
Matilda: Quero!
Melody: Você quer ela toda pra você?
Matilda: Quero!
Melody: Então eu dou ela todinha pra você.
Any Livic: MELODY!

Melody: Mas saiba de uma coisa: assim que você se tornar dona da Prisma Filmes, você ficará na miséria.
Matilda: O quê?
Melody: Exatamente. Na miséria. A produtora está com dívidas até o pescoço. Mesmo que seja vendida, não terá caixa suficiente para quitar tudo o que deve. Aí sabe atrás de quem eles vão pra pagar tudo? DOS SÓCIOS! Você vai perder a casa que meu pai te deu, o carro que meu pai te deu, TUDO!
Matilda: Como assim???
Melody: Se eu fosse você, ficaria bem longe da Prisma Filmes. Eu me comprometo a continuar com o acordo que meu pai tinha com você, de te sustentar em troca da sua boca fechada. Eu acho que é muito mais vantajoso pra você. Vai ser muito difícil a gente conseguir salvar a produtora. Terei que torrar toda a minha herança e a da Any para saldar as dívidas, e mesmo assim não é garantido. Mas se você quer mesmo ficar com essa batata quente nas mãos, é um favor que você me faz. Vamos lá dentro agora passar a escritura.

Matilda: Huuuum... Eu vou aceitar essa sua esmola por enquanto. Mas SÓ por enquanto, entendeu bem?

Melody: E vê se fala para aquele vagabundo do Junior pelo menos pagar uma pensão pro filho dele, já que visitar a criança ele não vai mesmo.

Matilda: Mas é igualzinha ao pai, mesmo.
Melody: Eu com muito orgulho!

Any Livic: Melody, eu não sabia que a Prisma Filmes ia mal!
Melody: Mas não vai. Eu inventei isso para despistar a Matilda. Por um bom tempo ela irá nos deixar em paz.
Any Livic: Mas e se ela descobrir que era mentira?
Melody: Vixi, aquela ali descobrir a mentira? Acho difícil! Recebendo dinheiro, ela não se preocupa com mais nada. Agora vem, vamos pra casa porque eu to explodindo de dor de cabeça.

Num piscar de olhos já era a noite da cerimônia de entrega dos prêmios Simmy.

Any Livic: MEU DEUS! Estou esquecendo alguma coisa!
Melody: O que?
Any Livic: Não sei, mas tenho certeza que estou!
Melody: Calma, Any, é só nervosismo.

Any Livic: Melody, não sei se vou conseguir!
Melody: Tem que conseguir, Any, não existe outra opção.
Any Livic: Não vou conseguir encarar as pessoas... Falar do Matthew sem cair no choro... Eu acho melhor você receber o prêmio em nome dele sozinha.
Melody: Any, nós combinamos que nós duas receberíamos juntas, como meu pai gostaria que fosse. Não vá me deixar na mão agora! Eu não conseguirei fazer isso sozinha!

Estávamos lá, diante do Cineplex, ansiosos e com medo do que estava por vir.
Claro que Matthew ganharia o prêmio de melhor ator e diretor.
E é claro que o filme que ele fez ganharia como melhor filme.
Mas sem ele ali junto de nós para comemorar, tudo parecia sem sentido.
Respirei fundo. Melody pegou minha mão e juntas nos preparamos para entrar no saguão.
Sabíamos que todas as atenções estariam voltadas para nós.

Principalmente depois que eu anunciasse publicamente que havia comprado o Cineplex e mudado o nome para Cineplex Matthew Hamming.
Nada mais justo homenagear o homem que fez de mim o que sou hoje e eternizá-lo no lugar onde todos assistirão os melhores momentos da sua vida.

Depois da cerimônia eu não conseguia dormir.
Fiquei a noite inteira acordada, olhando as luzes da cidade, imaginando a vida das pessoas e de como, de certa forma, o trabalho do Matthew e o meu tocou a vida delas.
Emocionamos. Fizemos rir. Fizemos chorar. Fizemos ter esperanças. Fizemos relembrar fatos marcantes. Causamos reencontros. Ou até rompimentos, não sei.
Mas chega um momento na vida em que todo artista percebe o peso e a responsabilidade do seu trabalho tocando as pessoas.
E acho que é nesse momento que se chega à maturidade profissional.
A cidade estava ali, aos meus pés e eu havia apenas começado a conquistá-la. Ainda tenho muita coisa pra fazer. Muitas músicas para cantar. Muitos shows para fazer. E, porque não, outros filmes para gravar.

Melody: Any? Tão cedo aqui?
Any Livic: É, não consegui dormir. Estava só esperando amanhecer pra dar uma volta.

Any Livic: Queria mesmo conversar com você, Melody.
Melody: Fale.
Any Livic: Estava pensando... Acho que vou voltar para a casa dos meus pais.
Melody: Mas por quê???
Any Livic: Ah... Eu acho que você e o Sébastien logo vão querer se casar, né?
Melody: É, a gente andou pensando mesmo nisso...
Any Livic: Então... Aí não tem sentido eu ficar aqui.
Melody: Por que não?
Any Livic: Ah, sei lá... Essa casa me traz muitas recordações. Não sei se quero ficar aqui, entende?
Melody: Entendo. Também me traz muitas recordações, Any. Mas, se você mudar, então, talvez eu alugue esta casa e vá para outro lugar. De preferência bem perto de você, pra gente ser vizinhas, que tal?
Any Livic: É, uma boa idéia.
Melody: Any, será que meu pai está orgulhoso de nós?
Any Livic: Tenho certeza que sim, Melody.
Melody: A gente vai conseguir, não é?

Não era preciso dizer mais nada. Apenas nos olhamos e ambas sabíamos que nossas vidas estavam conectadas para sempre, como amigas, como irmãs.
Nunca mais permitiríamos que qualquer problema, por menor que fosse, se colocasse entre nós novamente.

Faltava pouco para amanhecer totalmente.
Fui naquele lugar especial que Matthew me levou quando perdi minha avó.
O mesmo que ele ia quando perdeu seu pai.
De certa forma me sentia perto dele ali.
Olhando a cidade, que parecia tão pequena, fiquei imensamente grata daquele homem maravilhoso tê-la me dado de presente.
Já não conseguia mais chorar.

Peguei meu violão e toquei com o meu coração.
Os acordes saiam sozinhos, como se eu não dominasse o que estava fazendo.
Cada batida cadenciava o ritmo que tocava a música da minha alma, da minha vida e do meu futuro.

Foi então que vi novamente aquela borboleta.
Uma onda de conforto e amor me tomou por inteira.
E novamente, como da última vez em que estive aqui, senti-me abraçada.
Voltei a tocar mais um pouco.
Desta vez as notas eram mais leves, acordes mais suaves.

Miguel: Any?

Any Livic: Miguel?
Miguel: Não pare, a música estava muito bonita.

Any Livic: O que você está fazendo aqui?
Miguel: Eu recebi uma carta.
Any Livic: Uma carta?
Miguel: É... Faz alguns dias eu recebi uma carta do Matthew.

Ah, então foi isso que ele havia pedido para a Melody colocar no correio!
Mas por que ele havia enviado uma carta para o Miguel?
Não sabia o que dizer...

Miguel: Any, nem sei por onde começar...
Any Livic: Bom, eu acho que você poderia começar me contando o que havia na carta.
Miguel: O Matthew me contou tudo, absolutamente tudo, desde que vocês foram para a França.
Any Livic: Hum... Mas por que? E por que você está aqui? Como você soube deste lugar?
Miguel: Ele me disse que se eu ainda sentisse qualquer coisa por aquela Any Livic que eu conheci na adolescência, que eu deveria vir aqui e ser totalmente sincero e honesto com você. Ele imaginou que você estaria aqui, pois ele disse que trouxe você aqui uma vez, enfim...

Miguel: Any, eu fui um idiota. Um completo idiota. Não sabia como lidar com a rejeição. Você foi a minha primeira namorada, e na época eu me senti traído quando você me deixou para ir para a França. Por mais que eu entendesse que era uma oportunidade única pra você, não entendia como você poderia tão facilmente me deixar para estudar fora do País.
Any Livic: Miguel, não foi uma decisão fácil...
Miguel: Mas eu fiquei louco na época. Fiquei desapontado e com ciúmes, não só por causa do assédio dos outros caras que você estava sofrendo por lá, mas também porque você estava tendo oportunidades que eu gostaria de ter, e que talvez eu recusasse só para ficar aqui em Bridge Port com você. Hoje eu entendo que o que eu senti naquela época foi um desapontamento muito grande por você não ter me escolhido. Mas depois que eu também saí daqui e fui pra faculdade, vi que minha atitude foi totalmente egoísta.

Miguel: Eu nunca traí você, Any! Eu quis que você pensasse isso porque estava com raiva, sei lá. Não sabia como lidar com isso tudo. Você foi minha primeira namorada, meu primeiro amor. Isso para mim era mais importante do que tudo. Ver você escolher partir foi como se o meu mundo se partisse, pois eu sempre imaginei nós dois fazendo tudo juntos: depois de terminarmos a escola iríamos para a faculdade juntos, ficaríamos noivos na formatura e nos casaríamos depois. Quando vi que isso não iria acontecer, era como se eu não acreditasse mais no amor. Sempre foi você, Any. Tive outras namoradas, mas nenhuma foi como você! Eu nunca te esqueci! Fui a todos os seus shows. Não perdi nenhum.

Any Livic: Mas Miguel, você nunca usou os ingressos que eu deixava na bilheteria pra você e sua família...
Miguel: Eu não queria que você soubesse que eu estava lá. Ninguém jamais soube que eu ia a todos os shows. Não queria dar o braço a torcer. Eu sei, é idiota isso, mas eu estava com o orgulho ferido.
Any Livic: Miguel, você tem idéia do quanto eu sofri? Do quanto VOCÊ me fez sofrer? Eu não esperava essa atitude de você!
Miguel: E nem eu de você, Any. Por favor entenda! Não quero ficar arrumando desculpas para tudo, mas como eu poderia saber se o que estava fazendo era certo ou não? Eu nunca tinha lidado com aquele tipo de situação.
Any Livic: Nem eu!

Miguel: Quando eu li tudo o que o Matthew me contou naquela carta, de todos os sacrifícios e decisões que você teve que tomar sozinha, das vezes que você tentava esconder dele o choro e a angústia, mas também tudo o que você superou pra chegar onde chegou, mais tive certeza de que você merece tudo o que tem, e de uma certa forma, eu ter saído da sua vida naquele momento foi o melhor que poderia ter acontecido. Você foi muito corajosa em tudo o que fez. No seu lugar eu não teria feito nem a metade. Acho que é por isso que eu sou um solitário administrador de uma inferninho decadente e sem graça, enquanto você ganhou esta cidade, ganhou o mundo! Estrela da música, atriz revelação... E eu aqui, apenas te admirando de longe, sem nada pra poder te oferecer.

Any Livic: Miguel, eu só queria o seu amor...
Miguel: Quando se é adolescente isso basta. Mas e depois? Eu nunca estive à sua altura.
Any Livic: Não diga bobagens!
Miguel: Mas é verdade! Não vou ser hipócrita e pedir para que você passe uma borracha em cima de tudo, como se esses anos todos não tivessem acontecido. Mas, se você puder, eu gostaria que você me perdoasse. De verdade.

Any Livic: Bom, olha... Eu agradeço a sua sinceridade. Mas sabe, isso tudo parece sei lá, tão longe... Parece que faz mil anos que aconteceu... E pra te ser sincera, muitas vezes eu nem me lembro mais porque eu estava magoada com você.
Miguel: Queria te pedir uma chance de nos conhecermos novamente. Quero conhecer de novo essa mulher maravilhosa, que um dia foi a garota por quem eu me apaixonei loucamente, e que nunca deixei de amar, por mais que eu tentasse.

Depois que Miguel me disse aquelas palavras, olhei fundo nos olhos dele, e parecia que o tempo não havia passado. De repente eu me senti como aquela adolescente que não sabia nada da vida, e estava ansiosa por encarar uma grande aventura, ao lado do seu primeiro namorado.

Não acredito que depois de tudo que Matthew havia feito por mim, no final ele ainda trouxe de volta o grande amor da minha vida. Que homem maravilhoso! Como ele podia ser tão perfeito? Ele me deu tudo o que eu precisava, sem eu mesma saber o quanto queria.

Ficamos um tempo ali parados, sem falar mais nada, apenas observando a cidade.
Muita coisa se passava na minha cabeça. E uma saudade enorme do Matthew.

Não sei o que o futuro me reserva. Mas também não quero fazer grandes planos.
Agora quero ir devagar, saboreando cada momento, como Matthew sempre me falou para fazer.
Quero conhecer esse homem que Miguel se tornou. Se ficaremos juntos ou não, eu não sei. O que tiver que ser, será. Sem grandes expectativas. Um dia de cada vez.

O importante é que não sinto mais medo. Não me sinto mais perdida.
Se antes a cidade parecia um gigante implacável, pronto para me devorar, agora, olhando daqui de cima, eu me sinto grande, forte e vencedora.
Esta etapa da minha vida está apenas começando.
E se preparem, porque estou pronta para arrasar! Me aguardem!

Este foi o último capítulo de O Diário de Any Livic.
Obrigada por ter acompanhado a história!
Espero que tenha gostado. ;)
Fazinha