Lorena Frantz
Capítulo 10 - O Pequeno Erick
Por Meh Souza

Fazia um tempo que minha mãe estava esquisita, mas ninguém queria comentar. Ela tinha mudanças de humor repentinas e sofria com mal estares diários. Naquela noite, no entanto, ela resolveu abrir o jogo conosco.
Elisabete: Tenho uma notícia para contar para vocês.
Olhamos para ela ansiosos, mas ela não disse nada.
Lorena: Sim, mãe, pode falar. Estamos ouvindo.
Elisabete: Bem, eu já estava desconfiada, mas os testes não acusavam nada. Ainda assim, resolvi ir ao médico e... Eu estou grávida.
Lorena: Mas isso é impossível!
Elisabete: Lorena! Bem, eu também achei que era, faz mais de quinze anos que eu tomo anticoncepcional, nem eu acreditei que uma falhinha poderia me fazer engravidar... Santiago?
Santiago: E porque está todo mundo tenso? Eu estou feliz. Eu queria ser pai. É meu primeiro filho!

Apesar da palidez inicial, Santiago se mostrou muito receptivo à notícia. Minha mãe estava um pouco receosa, afinal faz pouco tempo que eles se casaram e tudo mais, tanto que ela soube que estava grávida de três meses na semana passada e só agora tivera coragem de contar.
Eu precisei ligar para a Benni imediatamente. A Benni era louca por crianças, iria adorar saber da novidade. Também liguei para o Gabriel e para a Kim, que disse que nos faria uma visita assim que pudesse.

A barriga da minha mãe nem estava notável, mas o Santiago ficou lhe adorando como se fosse um globo luminoso.
Logo deu pra ver que ele seria aquele pai super atencioso, do tipo que paparica a criança aos montes.

Minha mãe então, se agora ela era tratada como rainha, grávida seria uma deusa. Podia imaginá-la passando horas a fio no SPA durante sua licença maternidade.
Não que eu estivesse com ciúmes ou...

Ok, eu estava com um pouco de ciúmes sim. Mas não podia deixar de me render à ideia de ter uma irmãzinha engatinhando pela casa. Sim, tinha que ser menina, para eu fazer maria-chiquinhas nela e tudo mais.

Samanta não concordava. É claro que ela não resistiu e se intrometeu na conversa. Estava mais do que feliz pela minha mãe. Principalmente porque seu maior sonho era ter uma família grande. Infelizmente, com a pouca vida social que dispunha, ela ainda não achara alguém que a desposasse. Todavia, ela disse que seria a melhor babá do mundo.
Acreditamos, é claro.

Aquela casa deixou de ser a mesma. Minha mãe estava tendo uma alimentação completamente diferente com as instruções da nutricionista e éramos obrigados a seguir a mesma dieta. Além disso, tínhamos que ceder a todos os seus caprichos, e parecia que cada dia ela tinha um desejo diferente. Santiago estava ficando louco. Inclusive tivemos que construir mais um cômodo para o quarto do bebê, e a briga sobre a decoração foi tanta que se decidiu que tudo seria branco, e após descobrir o sexo do bebê tingiriam tudo da cor que lhes agradasse.

Não só eu me sentia meio de lado naquela casa, a Lily também. Como eu estava fora a maior parte do dia, estudando ou cuidando das encomendas de quadros que recebia, Lily acabou tendo que fazer amizade com outros animas da vizinhança.

Quando a bolsa da minha mãe estourou ela estava em casa, felizmente, mas ainda assim foi uma correria só. Tínhamos deixado tudo separado para a emergência, mas parecia que ninguém se lembrava de mais nada.

Felizmente tudo correu bem, e alguns dias depois do parto minha mãe e Santiago já estavam disputando a atenção do pequeno Erick.
Ah, sim, era um menino, mais essa.
Com os dois lhe enchendo de mimos eu mal me aproximava da criança.

Preferia dedicar meu tempo livre cuidando da Lily. Erick era um bebezinho adorável, não me entenda mal, eu até gostava de brincar com ele e tudo mais. Mas ninguém me deixava dar-lhe a mamadeira ou colocá-lo para dormir. Três adultos (a Samanta não parava de rondar a criança) já eram demais para o garoto.

Inclusive a Benni começou a frequentar mais a minha casa para se ver mais próxima de Erick. Ela passava praticamente todas as tardes lá. Quando ele atingiu seu primeiro aninho, já estava tão familiarizado com Benni que soltava gritinhos quando ela chegava.
Ele nunca soltava gritinhos quando eu chegava em casa.

Gabriel parecia não me compreender. Ficava dizendo como ia ser legal quando a gente casasse e tivesse nosso primeiro filho. Mas, poxa, eu já tinha perdido a atenção da minha mãe e da minha melhor amiga, ele acha mesmo que eu queria perder meu namorado? Até a Samanta parou de preparar torta de limão, que é minha sobremesa favorita, para fazer sorvete de frutas, que era a sobremesa favorita de Erick.

Havia momentos, é claro, quando minha mãe e Santiago saíam para ir ao cinema de noite e me pediam para ficar com o Erick. Nesses momentos eu chamava a Benni para se divertir com o Erick e o Gabriel ficava (ou tentava) me fazer companhia.
Todavia, houve um dia que Gabriel precisou fazer hora extra e Benni tinha alguns assuntos importantes para resolver, e como a Samanta estava muito ocupada passeando pela cidade no sábado a noite, o jeito foi eu cumprir meu papel de irmã.
Erick já arriscava alguns passinhos e dizia algumas palavras. Mas justo neste dia ele resolveu andar na minha direção e dizer uma frase completa!

Erick: Lolena... eu to andano!
Eu nem sabia que ele conseguia pronunciar meu nome inteiro, mesmo que seu erre parecesse um ele na maioria das vezes. De qualquer modo, não consegui conter minha emoção de ter sido a primeira a presenciar seu pequeno avanço e lhe dei um abraço daqueles. E sabe o que ele disse?
Erick: Você é menina bonita, Lolena.

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