Lorena Frantz
Capítulo 8 - Casório
Por Meh Souza

Por mais que a minha mãe tenha dito que não iria se casar tão cedo, em menos de um ano lá estava ela com todo o casamento preparado. Confesso que ela teve um tratamento de rainha, Santiago não alugou uma limusine apenas para levá-la e buscá-la do evento, o carro de luxo a levou para todo lugar na cidade, na loja de vestido de noivas, no Spa e tudo mais.
Eu e a Benni também nos deliciamos com o serviço do Spa, mas preferimos encontrar minha mãe somente no evento.
Samanta continua morando conosco e trabalhando para nós, mas seus privilégios acabaram se limitando ao que era previsto em carteira e ela não era mais convidada para eventos familiares. Era estranho olhar para ela sabendo que esse tempo todo ela estava prestando favores ao meu pai.

A cerimônia foi um pouco simples, ao ar livre, apenas com pessoa íntimas da gente, amigos da escola e colegas de trabalho.
Santiago tinha mesmo olhos de apaixonado. Ele parecia muito satisfeito com sua escolha. Um detalhe que minha mãe não havia me contado quando disse que ele era apenas um “colega de trabalho” é que na verdade ele é o CEO da Associação Hueder.

Minha mãe também foi bastante melosa em seus votos. Ela estava emocionada de verdade e eu nunca tinha lhe visto assim. Estava satisfeita por ela, apesar do friozinho na barriga.
Depois da festa eu iria para a casa da Benni enquanto minha mãe curtiria sua lua de mel. Logo depois iríamos para uma casa nova. Isso mesmo: Santiago e Elisabete haviam comprado uma casa nova para morarmos todos juntos.

Mas naquele momento eu não queria pensar em nada disso. Quer dizer, eu queria apenas curtir a festa e fingir que levaria uma vida normal convivendo com um padrasto. Não sei por que eu imaginei que havia qualquer possibilidade dos meus pais reatarem sabendo que os dois viviam um dilema por serem de mundos completamente diferente.
Eu ainda estava pensando em como minha vida seria dali em diante tendo alguém com quem dividir minha mãe quando o dia de irmos para a casa nova chegou. E me surpreendi totalmente com o que vi.

Samanta já estava morando lá dentro para manter tudo em ordem. Minha mãe também já conhecia. Apenas eu nunca tinha visto a casa nova porque eles queriam fazer uma surpresa para mim. Agora vejo o porquê: ela era simplesmente incrível. Espaçosa, com um quintal maneiro para a Lily, com jardim, uma piscina gigante nos fundos e muitas janelas grandes de vidro cobrindo a parede toda, o que daria um trabalhão para a Samanta limpar.

Tínhamos uma televisão de arrasar, e olha que eu nem era muito de assistir programas.

A cozinha certamente tinha superado todos os requisitos que as habilidades de Samanta exigiam.

A mesa de jantar ficava num canto especial onde dava a impressão de que estávamos ao ar livre, por causa das janelas.

Estava na cara que a piscina era para altas festas, pois tinha churrasqueira, assentos e um sistema de som potente.

No andar de cima, onde ficava a suíte da minha mãe e um escritório, também tinha uma varanda com vista para o bosque que surgia atrás da casa.

Mas a melhor parte da casa, e que tinha sido reservada para o final, era o meu quarto. Eu tinha uma cama de princesa, grande e linda! Todos os móveis eram branquinhos de um jeito adorável!

Eu também tinha minha própria área de trabalho – ou estudo, dependendo do ponto de vista – com uma escrivaninha, umas prateleiras, um mural, minha própria linha de telefone (dá para acreditar?) e... Uma mesa de desenho! Meu maior sonho era ter uma mesa de desenho profissional! E tudo isto com uma vista maravilhosa.
Eu nem acreditava que eles tinham feito isso por mim.

Depois de me mostrarem a casa, me mostraram os carros da família. Santiago tinha um porshe preto, minha mãe havia trazido seu Kompensador com ela, e além disso também tinha um carro importado conversível cor gelo muito fofo.
Pediram para eu experimentar, e lá dentro era muito bom, todos comandos eram automáticos e os bancos eram bem confortáveis.
Santiago: Gostou?
Lorena: Adorei! Tenho certeza que é bem mais a cara da minha mãe.
Santiago: Não, Lorena. Esse carro é seu.

Quase pirei quando percebi que o que ele tinha dito era verdade. Apesar de eu apenas ter 17 anos eu já tinha meu próprio carro! Nunca imaginei que isso pudesse acontecer! Na hora quis dar uma volta com minha mãe. Apesar de eu não ter habilitação, já havia aprendido muito bem a manobrar um carro, era só eu respeitar todas as leis de trânsito que não haveria problemas, aliás, os policiais de Appaloosa eram bastante tolerantes quanto a isso.

Lorena: Isso é simplesmente fantástico. Eu nem acredito que eu estou dirigindo meu próprio carro! Eu... realmente não esperava isso do Santiago, mãe.
Elisabete: Ele não fez tudo sozinho, Lorena.
Lorena: Ah, mãe, obrigada, mãe!
Elisabete: Acho que ele percebeu que você ainda estava se sentindo meio acanhada com ele. Além disso, conversamos e ele me fez acreditar que você já tinha maturidade suficiente para arcar com a responsabilidade de um carro. Veja só, daqui a pouco terá 18 anos! Não será mais minha menina!
Minha mãe estava com lágrimas nos olhos.
E, bem, eu também.

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