Lorena Frantz
Capítulo 7 - O Imperador do Mal
Por Meh Souza

Naquela manhã eu acordei bem cedo porque Gabriel queria que eu fosse a sua casa para conhecer melhor a sua mãe antes de ela sair para cavalgar. Apesar de ter um emprego formal, Sofia gostava muito de cavalgar nos finais de semana. Sua égua era muito bonita e obediente, adorei cada momento que passei com ela, com Sofia me ensinando como interagir e como reagir a ela.

Despertei tão repentinamente que nem percebi que era meu aniversário. Apenas quando voltamos para casa fui surpreendida com apitos e velinhas numa comemoração improvisada. Gabriel sabia de tudo! E minha mãe tinha convidado a Benni também.
Elisabete: Desculpe-me por não ter te dado uma festa a sua altura, minha filha. Andei tão atarefada no trabalho que não tive tempo de organizar nada! – Lamentou-se minha mãe. Mas eu estava contente mesmo assim.

Gabriel me deu um abraço bem gostoso. A gente não se beijava na frente dos outros porque eu ainda era muito tímida. Nossa, como ele estava cheiroso. Disse que levaria todos nós para almoçarmos e comemorarmos. Um amor de garoto.
Eu tinha tanto orgulho de tê-lo como meu namorado.

Nem havia reparado como ele tinha crescido ultimamente. Meninos crescem muito rápido. Já vi que iria ter que começar a usar salto alto para acompanhá-lo, se não me sentiria uma nanica!
Depois das duas ele foi trabalhar. Tinha um emprego de meio período no laboratório da cidade. Eu sabia que não era a sua área, mas ele se esforçava para ter o próprio dinheiro.

De tardezinha Samanta preparou uns biscoitinhos deliciosos enquanto eu ajudava a Benni com o dever de casa dela. Infelizmente minha mãe tinha uma reunião dali a pouco e já estava de saída.
Não foi o melhor aniversário de todos, mas eu estava satisfeita. Até porque imaginava que seria bem pior. Eu não acredita que em dois meses em Appaloosa eu já tinha uma melhor amiga louca e um namorado oficial lindo. Minha mãe fora promovida no emprego e ficara noiva! Até a Samanta aprendeu mais algumas receitas, truques e macetes para cozinhar.

Mas naquela madrugada, quando senti sede e desci para beber água na cozinha, fui surpreendida com um ladrão que acabou com o meu dia.
Realmente achei que não voltariam a nos assaltar, mas pelo visto estava enganada. Meu pior temor era que fossem todos da mesma quadrilha.
Me vi numa encruzilhada, sem poder fazer barulho para ele não me notar, sem poder fazer nada. O pânico tomou conta de mim.
Por sorte Lily pressentiu o perigo e alertou todos da casa antes que o ladrão pudesse fazer alguma coisa.

A polícia de Appaloosa Plains estava de plantão no meu bairro desde o último acontecimento, então chegaram rapidamente a minha casa.
Estávamos todos em desespero, até porque este ladrão parecia bem mais resistente do que o outro, e não tínhamos nenhum vizinho bravio presente no momento para nos ajudar.

Apesar de tudo, a policial conseguiu travar um confronto com ele. Vi quando Samanta começou a chorar de nervoso.
Policial: O que estava procurando aqui? Quem te mandou? Quem mais está com você?
A policial estava sendo tão insistente que o bandido começou a fraquejar.
Policial: Vamos para a delegacia. Sra Elisabete, por favor, nos acompanhe.

Estranhei bastante ela chamar minha mãe de imediato em plena madrugada. Estranhei mais ainda minha mãe ter passado quase o dia todo lá e voltado meio eufórica. Samanta se sentiu aflita o tempo todo.
Quando finalmente nos reunimos, minha mãe começou a expor como prosseguiam as investigações.
Elisabete: Fizeram muitas descobertas. Como, por exemplo, que a quadrilha estava focando na nossa casa porque alguém aqui dentro estava lhes dando cobertura. Você não quer nos falar nada, Samanta?

Olhei boquiaberta para Samanta. Não podia ser, ela era de confiança! E, aliás, ela não conhecia ninguém de Appaloosa Plains, assim como nós. Mas... Fazia mais sentido ela ter chorado porque sabia que estava encrencada. E isso justificada sua aflição durante o dia.
Lorena: É verdade, Samanta? Você tem alguma coisa a ver com isso?
Samanta começou a se levantar da mesa, sem dizer nada.
Elisabete: A Samanta estava dando instruções aos marginais para que eles pudessem abordar a nossa casa. O que não faz sentido é ela instruí-los para invadir a casa quando todos estávamos aqui.

Elisabete: Samanta! Não pense em se retirar assim. Você nos deve uma explicação! Por que? Por que estava fazendo isso conosco depois de quase dez anos nesta família? O que lhe fizemos de mal? Acha que seu salário não é suficientemente bom? Queria nos assustar ou o que?
Minha mãe havia perdido o controle completamente. Eu estava chocada o bastante para não me intrometer na discussão.

Samanta: Calma, sra Elisabete, eu posso explicar. Eu fui obrigada a fazer isso. Eu não tinha opção, se não fizesse isso estava morta. Ele me impeliu a vir com vocês. Ele me contratou para vigiá-las. Ele não gostou nem um pouco por vocês terem mudado de cidade. Ele queria assustá-las o suficiente para voltarem a Sunset Valley. Ele não quer que você se case novamente. Mas é só para o bem de vocês, sra Elisabete. Ele se preocupa com a família e quer protegê-las. Sabe muito bem que existe muita gente querendo vingar a morte de entes queridos que ele causou...

Elisabete: Quieta, Samanta! Já chega! Eu queria uma empregada, não uma vigilante! Você está dispensada. E diga a ele que eu posso cuidar da minha vida sozinha. Ele me prometeu que iria embora e me deixaria em paz! Me prometeu que nunca mais se intrometeria dessa forma na minha vida pessoal! Eu quero seguir adiante, Samanta, com uma pessoa normal que goste de mim de verdade! Ele me prometeu que seria como se estivesse morto!

Samanta: Por favor, sra Elisabete! Eu preciso desse emprego! Eu juro que não farei mais nada do tipo! Mas eu não tive opção, sra Elisabete, ele me ameaçou! Disse que tinha minha família na mira, que eu precisava zelar o crescimento de Lorena... Por favor, sra Elisabete, se você me fizer voltar eu não sei o que será de mim... Ele não vai me perdoar!

Lorena: Ele quem, Samanta? Quem?!
Samanta: Seu pai, Lorena. O mafioso Roger Frantz. Ele não morreu quando você tinha dez anos. Ele foi embora prometendo que não interferiria mais na vida da sua mãe. Se ele não fosse a sra Elisabete o denunciaria para a polícia federal. Mas ele sempre lhe garantiu tudo do bom e do melhor. Ele sempre te amou, Lorena.
Minha mãe chorava, agoniada. E eu estava tão transtornada que não conseguia pensar. Não queria mais ouvir nada a respeito.

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