Inferno no Colégio Interno
Capítulo 13
Por Meh Sz


“Não posso fazer isso. E se Rick estiver me esperando lá fora? Mas... e se for um caso temporário, só até sairmos daqui... Como ele mesmo disse, nunca mais vamos nos ver...”


Fiz de tudo, deitei, rolei, até tirei um cochilo. Mas a dúvida permanecia em minha mente: Ia ou não ia me encontrar com Vitor no escurinho da biblioteca.


“Eu vou. Mas serei sincera com ele... Ele não vai se aproveitar de mim nos últimos minutos que estou nesta escola. Eu ainda guardo um sentimento por Rick, apesar de que já devia tê-lo esquecido!”


Era aproximadamente quatro horas da madrugada. Ficamos num breve silêncio, sem assunto, sem coragem para tomar alguma iniciativa. Foram tantas brigas, tantas discussões sem motivo e sem importância...

“Já vou logo dizendo: Não podemos nos ver daqui para fora. Minha família não aceitaria que eu namorasse uma pessoa ligada à... Você sabe.”
“Vitor, cala a boca. Não vai rolar.”
“Mas você disse que...”
“Não, não dá cara.”
“Er... colegas?”
“Hum. Adeus!”

Um alívio crescente se fez dentro de mim. Não imaginava o quanto precisava daquela conversa.


Larissa não continuou com a escola. Ela era uma pessoa sozinha, não queria assumir uma responsabilidade tão grande e preferia seguir com a carreira de professora. Assim, o Colégio Interno Florença seguiu um processo de fechamento nos dois anos que se seguiram. Depois ele foi demolido, e construíram uma praça pública no lugar.


Maria tornou-se uma atleta de primeira, e foi convidada à ser uma das treinadoras na academia da cidade. Além disto, ela trabalhava como profissional liberal para arrecadar mais dinheiro. Para seguir esta vida, teve que se afastar da família adotiva, que queriam que ela fizesse faculdade de odontologia para ocupar o lugar da mãe.


Vitor entrou para a política. Aliás, era a cara dele. Ele virou um homem mulherengo, falso e materialista, o que não era novidade para ninguém.


Madalena tornou-se uma mulher infantil, romântica ao extremo e com talento para artes. Ao contrário da irmã, continuou com a mordomia na casa da família adotiva. Ela adorava passar horas dançando, pintando, escrevendo e mais alguma coisa...


Pena que sua arte não agradava a todos...


E eu... Bem, vivi seu rumo até ele me encontrar. Eu não imaginava que esse reencontro ocorreria tão cedo. Rick estava bem sucedido na carreira musical, portanto fora fácil saber como localizá-lo. Ainda assim, não quis ter a ousadia de ir atrás dele. Todavia, não sei como, mas ele me encontrou.


E vivemos felizes. Para sempre. Sem filhos. Sem regras. Sem barreiras.


Só eu e ele e nossas viagens internacionais.


Fim

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