Inferno no Colégio Interno
Capítulo 12
Por Meh Sz


Não imaginei que tão logo chegaria as provas finais. A sala parecia tão vazia, e os poucos alunos que restaram estavam tensos e ansiosos. Ao passarmos, estaríamos livres para conhecer o mundo afora, sem fronteiras, sem limites. Os que foram internados poderiam voltar para o seio da família. E eu... eu enfim teria acesso aos meus bens por direito, e não seria mais dependente de ninguém.


Mas primeiro eu tive que fazer uma prova de 50 questões e aguardar 24 horas para saber o resultado. Nunca tive dificuldade com avaliações, mas o nervoso parecia ter limpado a minha mente.
O pior era ter o Vítor sentado ao meu lado. Mal suportávamos olhar um para o outro, imagina estudarmos juntos. Aliás, eu estava certa de que ele havia colado minha prova.


Entre as mudanças realizadas pela Larissa, estava incluso uma formatura anual, onde os alunos poderiam celebrar a passagem do ensino fundamental ao ensino médio e o término dos estudos. Tivemos diversos modelos de roupas de gala disponíveis, os mais variados pratos e músicas contemporâneas. Todavia, ainda assim, eu sentia um vazio.


Os jovens dançavam, flertavam e se divertiam.


Larissa estava linda e elegante. Até Vitor, que sempre fora feio de doer, até que ficou bem de terno.


Mas não era exatamente isso que eu desejava. Eu sentia falta do sossego da infância, da companhia das gêmeas, do carinho de Rick. Eu sairia de lá sem rumo, e seria como se todos esses anos nunca tivessem existido, pois eu apagaria da memória, mesmo contra a minha vontade.


“Ei, Sara! Quer um drink?” chamou Vitor.

Na hora não acreditei que ele estava se referindo a mim. Talvez só quisesse me zombar, pois eu estava isolada no canto. Talvez ele também estava se sentindo sozinho...


“Er, obrigada. Porque da gentileza?” questionei.
“É nossa formatura. Nunca mais nos veremos. Acho que já está na hora de pararmos de sermos infantis...”
“Você quer fazer as pazes?”
“Você não? Sei lá. Não vale mais a pena ficarmos brigando.”
“É. Verdade. Até porque só restou nós dois da nossa turma, né?”


Silêncio. Sorrimos sem graça um para o outro. Em seguida, começou a série de confissões:

“Desculpa-me por ter te chamado de filha da bruxa.”
“Desculpa-me por ter te dado um tabefe.”
“Desculpa-me por te afogar na piscina.”
“Desculpa-me por te acordar no meio da noite”
“Desculpa-me por colar sua prova”
“Desculpa-me por tocar fogo nas suas coisas”
“Foi você?!”


Assim, o ódio virou amizade. O que eu não imaginava é que as coisas entre eu e Vitor poderiam ir mais além...

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