Entre Amigas

Capítulo 28 - 3ª Temporada

Ver aqueles cinco juntos foi como sentir uma apunhalada pelas costas.
A Renata eu até entendo, afinal ela sempre foi muito volúvel, mas a Nessa e o Doug juntos com a Adriana... Meu Deus! Dava vontade de vomitar.
Naquele momento tive certeza de que, se o ano passado foi terrível, esse ano seria ainda pior.
Fiquei alguns minutos ali parada, tomando coragem para entrar na escola, lembrando de tudo que havia acontecido e pensando como me sentiria solitária, pois aquelas eram minhas amigas, mas hoje não sei dizer mais o que sinto sobre isso.
Só sei que no momento não tenho a menor vontade de estar ali com elas.

Aí eu vi o Marcelo chegando.
Nossa, que saudade dele! Meu primeiro (e único até agora) namorado.
Daí me dei conta de que esse era o último ano dele no colégio. Logo ele iria pra faculdade e ficaria mais difícil de nos encontrarmos.
Isso me deixou triste.
Não foi preciso nem chama-lo. Quando ele me viu ali parada, logo veio ao meu encontro.
Puxa, ainda gosto dele! Não acredito que não estamos mais namorando. E nem me lembro mais o porquê... Quer dizer, eu lembro. Mas agora parece tão besta, tão fútil, e que aconteceu há tanto tempo, que sei lá, dá até pra esquecer.

Marcelo: Debby, quanto tempo!

Que abraço gostoso! Não vou me esquecer dele por muito tempo! Fiquei com as pernas bambas, senti meu rosto corar, e quase comecei a chorar, pedindo desesperadamente que a gente voltasse a ficar junto, pois eu ainda o amava desesperadamente, mas só tinha me dado conta do quanto esse sentimento continuava dentro do meu coração naquele momento.

Marcelo: Você sumiu! Estava viajando?
Débora: É... Fui pra casa da minha avó. O clima não estava bom em casa. Nem com a turminha...
Marcelo: Imagino. Bom, mas agora é um novo ano, né? Vida nova!
Débora: Pois é. E você vai embora no ano que vem, né?
Marcelo: Graças a Deus! Não aguento mais esse colégio!

Puxa, será que ele não vai sentir saudade de mim?
Oops, acho que minha expressão facial deve ter demonstrado alguma coisa agora...

Marcelo (dando uma piscadinha para Débora): Mas é claro que não vou esquecer do pessoal daqui.

Não pude falar nada, só sorria abobadamente.

Aí percebi que a Adriana nos observava atentamente, talvez tentando escutar nossa conversa.
Quando ela fez menção de descer as escadas, percebi que era hora de falar com a turma, já que ela saiu de perto deles.

Débora: E aí, pessoal, tudo bem?
Vanessa: Nossa, tava falando agora pro Doug e pro Nando que você tinha sumido nas férias.
Débora: Tava viajando.
Douglas: Não apareceu mais no MSN...
Vanessa: É que onde eu tava não tinha internet.
Fernando: Credo, que horror! Como você conseguiu sobreviver?
Débora (rindo): Não foi fácil, mas aqui estou.

E aí o assunto acabou. Percebi uma certa tensão no ar.
Puxa, o que será que aconteceu? Será que era por que fazia tempo que a gente não se via? Será que foi por tudo o que aconteceu no ano passado? Ou será que a proximidade deles com a Adriana estava afetando nossa amizade?
De qualquer forma eu senti ali naquele momento que as coisas não eram mais as mesmas. Mas torci para que essa impressão fosse passageira, e que tudo logo voltasse ao normal. Afinal eles eram meus amigos. A gente se conhece a vida toda. Não fazia sentido nossa amizade acabar assim, de uma hora pra outra. Ou fazia?

Doug quebrou o gelo e começou a falar que a mãe dele tinha mandado a Cláudia pra um internato. Eu não estava entendendo bem o porquê, mas a minha concentração na conversa piorou quando percebi a Gláucia chegando, e já grudando no Marcelo.
Ai, como eu queria voar no pescoço dela nesse momento!

Não demorou muito e o C@rinhoso chegou também.
Nessas alturas eu nem escutava mais a voz do coitado do Doug, só balançava a cabeça afirmativamente.
De repente eu senti um medo tão grande, não sei por quê.
Estudei a vida toda naquele colégio, com aquelas pessoas, mas era como se eu estivesse ali pela primeira vez.
Será que mudamos tanto assim nesse último ano, que de repente parecíamos estranhos?
Aparentemente esse sentimento era só de mim para eles e deles comigo, pois eles pareciam muito à vontade uns com os outros.
Será que foi um erro eu ter viajado e ficado esse tempo afastada deles?
Porque de repente eu me senti excluída da turma. Na verdade eu me senti como se nunca tivesse feito parte dela.
E agora?

Débora: Doug, posso ir na sua casa depois da aula, pra gente conversar mais sobre isso?
Douglas: Claro, claro!

O sinal tocou e todo mundo entrou correndo pra escola, como se fosse o último dia de suas vidas!
Aí o C@rinhoso passou por mim e pelo Doug – que ainda falava sem parar, e simplesmente fez de conta que não me conhecia.
Engraçado... No ano passado ele também fez isso.
Eu não entendo esse garoto! Na internet ele é super legal comigo, mas quando estamos na frente de outras pessoas ele não fala comigo. E isso me magoa muito.
Será que ele tem vergonha ou medo de que as pessoas saibam da nossa amizade?

A aula transcorreu bem, na medida do possível, e em que eu conseguia controlar minha ansiedade e meu medo.
Mas aí, é claro, já deram trabalho pra gente fazer...
Combinei com a Nessa de nos encontrarmos na biblioteca no intervalo, para combinarmos  sobre o trabalho, porque, pro meu azar, era em grupo...

Mas é claro que quando cheguei lá, a Nessa já estava rodeada pela Renata e pela Adriana, com cara de poucos amigos.
Ai ai... Não vai ser fácil. Vai voar pena pra tudo que é lado, tenho certeza disso.

 

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