Capítulo 09

ATENÇÃO:
ESTE CAPÍTULO CONTÉM LINGUAGEM IMPRÓPRIA
(PALAVRAS DE BAIXO CALÃO)

Marcela acordou triste aquele dia.
Dora percebeu, mas não quis perguntar nada à filha.

Lúcia se sentia feliz, pois havia conseguido o que queria, e tirar o brilho nos olhos de Marcela para ela não tem preço.
Clemente nem percebeu o que acontecia, apenas engoliu seu café da manhã e saiu para o trabalho.
Clara tentou consolar a irmã.

- Ele não apareceu, Clarinha – contou Marcela, toda chorosa.
- Mas era só um sonho, minha querida irmã. Quem sabe hoje ele aparece de novo.
- Não, Clarinha, ele não vai aparecer... Eu acho que me apaixonei por um homem que eu mesma inventei. Como pode isso?
- Termina o desenho!
- Não tenho vontade.

Na casa de Sérgio e Paula os preparativos estão a mil, tudo sendo organizado com muita pompa e circunstância, para que o jantar mais famoso de EgoVille supere o do ano anterior.
Paula está muito apreensiva, pois sabe que Letícia trama alguma coisa, e que grandes cenas dramáticas são a sua especialidade.
A mesa está disposta no lindo jardim, e Paula sente muito orgulho do seu talento em preparar grandes eventos.
Só não sabe como utilizar todo esse seu talento para controlar sua problemática filha.

Flávio não queria ir ao jantar. Ele queria tentar encontrar com Marcela novamente, tentar se explicar, justificar porque chegou atrasado na noite passada.
“Mas porque tenho que explicar a mim mesmo isso? Não entendo porque me apego tanto a essa fantasia”.
Mais do que isso, ele sabia que naquela noite ele teria que fingir que ele e Letícia são o casal perfeito, felizes e completos.

Chegaram na casa de Sérgio e Paula disfarçando bem.
Letícia estava linda, como sempre, atraindo os olhares desejosos dos homens e invejosos das mulheres.
Flávio só queria que tudo aquilo terminasse o mais rápido possível, para que ele pudesse voltar para casa e dormir.

Toda a alta sociedade e EgoVille estava lá. Os mais altos egos precisavam ser massageados e Paula sabia fazer isso como ninguém.
Desde a champanhe mais cara, até o mais exótico prato de lagostas e a melhor música: tudo tinha que ser perfeito.

Letícia esperava o momento certo de dar o bote, e enquanto isso ela atacava as bebidas.
Já meio altinha, começou a circular pela festa distribuindo pequenos insultos aos convidados.

“Aê, tá gordinha, heim? Não deveria usar essas roupas justinhas... Você não tem mais 50 aninhos, tia!”.

“Aaaaaah que nojooooo de aeroporto de mosquitooooo!!!”.

“Sua plástica ficou tããão booooa! Logo você vai estar chorando pela testa!”.

A essas alturas, Flávio já tinha largado Letícia perambulando pela festa, e estava tentando ignorar seus vexames bem longe dela.
Foi Paula quem pegou a filha pelo braço e arrastou-a até um canto e disse:

- Você pode não ter respeito pelo seu pai, pelo seu marido, pelos seus filhos ou por você, mas ou você se comporta ou eu vou te dar uma surra na frente de toda essa gente!
- Aaaaah, barraqueiraaaaa! Veio de família rica, mas é uma barraqueira!!! – Letícia falava alto, para que todos pudessem escutar.
- Não me subestime, Letícia. Se você estragar a minha festa, eu não vou deixar barato desta vez.

Paula virou as costas para Letícia e foi em direção aos convidados. Letícia gritou:

- Não me dê as costas, vadia!

As pessoas que estavam perto dela ficaram encarando, e fazendo comentários, discordando de sua atitude. Letícia continuou:

- Ta olhando o que? Nunca viram ô seus bando de merda?

Letícia foi em direção ao palco, empurrou o cantor da banda, pegou o microfone e começou a destilar seu veneno:

- Aê gente boa! Vamos fazer um brinde! Vamos fazer um brinde à hipocrisia, vamos fazer um brinde à mentira, vamos fazer um brinde à manipulação. À vocês,  seus merdas, que vivam bem suas vidas comendo bosta e arrotando caviar! Ao meu marido corno manso que agora nem me servir mais na cama sabe! Ao escroto do meu pai, que só faz vocês de trouxas! E à vadia da minha mãe, que se soubesse ficar de pernas fechadas, não teria me colocado nessa porra de mundo! Que vocês todos vão pra puta que pariu!

Os convidados estavam horrorizados!
Sérgio foi em direção à Letícia, como se fosse matá-la.
Paula o interceptou e disse:

- Não! Eu mesma cuido disso.

Paula subiu no palco e deu uma surra em Letícia, debaixo de aplausos de seus convidados.

Ao ver essa cena vergonhosa e deplorável, Flávio foi para casa sozinho e decidiu que aquele mundo não prestava.
Letícia poderia estar bêbada e ter sido rude, mas as palavras dela eram verdadeiras.
Ele não agüentava mais tanta pressão, não agüentava ter que acordar todos os dias naquela casa, tendo que olhar e conviver com aquelas pessoas.
Ele queria uma praia, no meio de uma floresta e uma cabana bem simples. Ele queria uma mulher como Marcela.
Foi até o banheiro e encontrou os remédios tarja preta que Letícia costuma tomar.
Pegou uns 10 comprimidos de cada frasco, um copo de whisky, e desceu goela abaixo tudo que podia agüentar.

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